A composição mais comum da contracepção de emergência (que é o termo correto da “pílula do dia seguinte”) é o levonorgestrel, que é um hormônio derivado da progesterona. A principal função é atrasar a ovulação, para que não ocorra a fecundação.
Sua ingestão é pode ser realizada em caso de ter uma relação sexual desprotegida, ou seja, sem nenhum método contraceptivo, no prazo de até 3 dias. Deve ser tomada tão logo seja possível após a relação desprotegida, em até 72h. Se possível, não se deve esperar o “dia seguinte”, pois quanto mais tempo passa após a relação sexual, maior a chance de a pílula contraceptiva de emergência falhar.
Alguns efeitos colaterais que a mulher pode apresentar após o uso são irregularidade menstrual, inchaço, dor nas mamas, dor de cabeça, etc.
A eficácia da “pílula do dia seguinte” não é a mesma de outros métodos contraceptivos de uso regular. Portanto, o ideal é sempre usar um método eficaz de forma contínua, e associar o uso de preservativo para prevenção de infecções.
Se usar muitas vezes a pílula do dia seguinte, terá ciclos muito irregulares e uma maior chance dos efeitos colaterais, como também maior chance para a falha do método.
Não é necessária prescrição médica para o uso, para não for atrasar o início da contracepção de emergência.
Sempre é recomendável o aconselhamento contraceptivo antes de iniciar outros métodos, incluindo a pílula contraceptiva convencional, para a avaliação de riscos e benefícios, perfil de eficácia e decidir em conjunto com o ginecologista qual o melhor método para cada momento da vida da mulher, conforme orienta a Dra. Julia Barbi Melim Marques, ginecologista.
Outras opções de métodos contraceptivos de emergência são o DIU (dispositivo intrauterino) de cobre e o DIU Mirena, que podem ser inseridos em até 5 dias após uma relação sexual desprotegida. Eles têm uma alta eficácia para evitar a gravidez naquele ciclo, e a mulher já tem o benefício de poder ficar com um método contraceptivo eficaz por vários anos, se assim desejar.