A endometriose é caracterizada pela presença de glândulas endometriais (ou seja, do tecido que reveste internamente o útero) fora da cavidade uterina. Cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva têm endometriose.

O quadro clínico típico é uma mulher que tem cólicas menstruais intensas desde a adolescência. Mesmo ocorrendo cedo na vida, o diagnóstico de endometriose pode levar anos para acontecer, o que atrapalha muito a qualidade de vida das mulheres acometidas, relata a Dra. Julia Barbi Melim Marques, ginecologista.

A endometriose pode, além da dor pélvica, causar infertilidade em algumas mulheres, por isso o diagnóstico precoce é tão importante. Outros sintomas que podem ocorrer são: dor à evacuação e dor ao urinar.

Alguns exames específicos podem auxiliar no diagnóstico, como por exemplo, a ressonância magnética pélvica e a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal.

O tratamento da endometriose visa diminuir a dor e restaurar a qualidade de vida destas mulheres. Pode ser feito tratamento medicamentoso, bloqueando a ovulação, ou até mesmo a inserção de um DIU (dispositivo intra uterino) hormonal, como o Mirena, para alívio dos sintomas. Quando o tratamento clínico não tem resultados satisfatórios, em algumas situações é indicado o tratamento cirúrgico, após uma avaliação individualizada.