Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

As infecções sexualmente transmissíveis incluem:

  • Sífilis
  • Gonorreia
  • Cancróide
  • Infecções por clamídia, ureaplasma e micoplasma
  • Linfogranuloma venéreo
  • Granuloma inguinal (Donovanose)
  • Herpes genital
  • Tricomoníase
  • HPV
  • Outras infecções virais, como HIV, Hepatites B e C, entre outros

A Dra. Julia Barbi ressalta que é importante, em todas as infecções sexualmente transmissíveis, que parceiros sexuais sejam tratados ao mesmo tempo que a mulher está sendo tratada, para evitar novas infecções.

Sífilis

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. Sintomas comuns incluem úlceras genitais e lesões na pele. Casos não tratados podem evoluir para meningite e quadros neurológicos.

Após ocorrer o contágio, há um período de incubação de cerca de 3 a 4 semanas, até aparecer uma úlcera em região genital ou oral, geralmente indolor, que desaparece espontaneamente em 3 a 12 semanas.

Após, a bactéria se espalha pela corrente sanguínea, podendo causar lesões generalizadas em pele e mucosas, edema em gânglios (linfonodos), febre, perda de apetite, mal-estar, entre outros sintomas. Mesmo sem tratamento, estes sintomas podem desaparecer espontaneamente em poucos dias a semanas.  

Se não houver nenhum tratamento, algumas pessoas podem evoluir com doenças cardíacas, neurológicas, articulares ou dermatológicas decorrentes da sífilis. Outra complicação muito comum é a transmissão intra-útero da mãe para o bebê, pois se uma gestante é portadora de sífilis e não for adequadamente tratada, poderá haver transmissão pela placenta para o feto.

Uma infecção anterior por sífilis não confere imunidade, podendo uma pessoa se reinfectar mais de uma vez.

O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue. O tratamento é realizado com penicilina.

Após o tratamento, deve ser mantido o acompanhamento com exames de sangue, normalmente em 3, 6 e 12 meses e anualmente.

Gonorreia

A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que pode causar infecção na uretra, no colo do útero, no reto, na faringe ou na conjuntiva. Cerca de 10 a 20% das mulheres infectadas são assintomáticas.  Os sintomas mais comuns são irritação local e eliminação de secreção purulenta via vaginal, podendo haver também dor para urinar e vontade de urinar toda hora.

Se a mãe estiver infectada com esta bactéria no momento do parto, o bebê ao passar pelo canal de parto pode adquirir também a infecção.

O tratamento é feito com antibióticos.

Cancróide

A infecção pela bactéria Haemophilus ducreyi causa o cancróide na pele ou nas mucosas da região genital. O cancroide é caracterizado por pápulas, úlceras dolorosas e aumento dos linfonodos na região das virilhas, podendo formar um abscesso. O diagnóstico é realizado por meio de avaliação médica.

O tratamento é feito com antibióticos.

Infecções por clamídia, ureaplasma e micoplasma

Estas bactérias podem causar infecção no colo uterino (cervicite) e na uretra (uretrite). As mulheres são, em muitos casos, assintomáticas, mas quando aparecem sintomas, estes podem ser: corrimento vaginal amarelado, dor pélvica, bem como sintomas que se assemelham aos de infecção urinária, como dor para urinar e vontade de urinar toda hora.

O tratamento é feito com antibióticos.

Linfogranuloma venéreo

O linfogranuloma venéreo é causado pelos sorotipos L1, L2 e L3 das bactérias Chlamydia trachomatis. Estes sorotipos são diferentes daqueles que causam infecção no colo uterino (cervicite) e na uretra (uretrite) por Clamídia.

Em mulheres, os sintomas iniciais podem aparecer no colo do útero ou na parte superior da vagina. Pode haver dor pélvica, febre, aumento dos  gânglios nas virilhas, que podem apresentar-se como abscessos, contendo pus. 

Granuloma inguinal (Donovanose)

Granuloma inguinal é uma infecção cutânea genital e perineal progressiva e rara causada por Klebsiella granulomatis.

Esta bactéria pode ficar incubada por um período de 1 a 12 semanas, podendo posteriormente apresentar sintomas. Aparece em região genital um nódulo de cor avermelhada, que não causa dor, e que aumenta lentamente, podendo causar uma ulceração, e se disseminar para outras áreas da pele.

O tratamento também é realizado com antibióticos.

Herpes genital

A herpes genital é causada por herpes-vírus humano 1 (HSV-1) ou 2 (HSV-2), que pode causar úlceras  genitais. Após a primeira infecção, o vírus pode ficar “adormecido” em gânglios nervosos, podendo ressurgir de tempos em tempos.

As lesões genitais são arredondadas e pequenas, chamadas de vesículas, que podem evoluir para ulcerações.

Os locais mais comuns para o surgimento destas lesões em mulheres são: grandes e pequenos lábios, clitóris, períneo, vagina, colo do útero e região anal.

Uma gestante com lesões genitais ativas de herpes durante o momento do parto devem ser submetidas a uma cesariana, pelo risco da transmissão do vírus ao bebê.

Leia artigo sobre verrugas genitais causadas pelo HPV e vacinas aqui.

Para ler sobre tricomoníase e outros corrimentos, clique aqui.

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